O presidente da República Jair Bolsonaro assinou nesta quinta-feira (7) – durante reunião com o presidente da Câmara Brasileira da Industria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, e outros representantes da Coalizão Indústria – um decreto que classifica a construção civil como mais um serviço essencial ao país. A medida facilita a continuidade de obras desde que respeitados os cuidados para prevenir a transmissão da Covid-19. “A partir de agora não tem mais problema para que o pessoal possa trabalhar nessa área, obviamente respeitando algumas determinações do Ministério da Saúde”, afirmou Bolsonaro.
Além da construção civil, o decreto incluiu atividades de produção, transporte e distribuição de gás natural; as indústrias químicas e petroquímicas de matérias-primas ou produtos de saúde, higiene, alimentos e bebidas; e atividades industriais. O decreto vai ao encontro do desejo de Bolsonaro de reaquecer a atividade econômica.
De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, apesar dos programas do governo de crédito e auxílio, para proteção da renda das pessoas por três meses, talvez a indústria não consiga se manter com essa ociosidade e baixa demanda e a economia entre em colapso antes. “O alerta é importante. Embora haja proteção, o povo tenha o dinheiro na mão, daqui a 30 dias pode ser que comece a faltar nas prateleiras e desorganizar a produção brasileira e entrar em sistema de, não só de colapso economia, de desorganização social”, disse.
Para Martins a medida é recebida como um reconhecimento ao setor. “Muitos estados já reconheciam essa condição. A grande vantagem do setor da construção é a sua capacidade de irrigar a economia como um todo, funcionando como uma locomotiva que puxa 97 vagões ligados diretamente ao setor”, destacou Martins.
Desde o início da pandemia no Brasil, os Serviços Sociais da Indústria da Construção (Seconcis) têm trabalhado no sentido de auxiliar as empresas a observarem as medidas protetivas para combater o coronavírus nos canteiros de obras. Têm sido elaboradas cartilhas, protocolos, vídeos a serem repassados aos trabalhadores, visitas orientativas nas empresas e parcerias para manutenção de profissional de saúde nas obras para monitoramento dos trabalhadores. Além disso, no caso específico do Seconci-SP, foram adquiridos testes para testagem de trabalhadores conforme demandado pelas empresas.
“Estamos acompanhando continuamente os acontecimentos para levar às empresas o conhecimento e informações atualizadas”, ressalta o presidente do Seconci Brasil, Antonio Carlos Salgueiro de Araujo.
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Fonte: CBIC Brasil