Entre os métodos para se aumentar a vida útil de materiais está a aplicação de pinturas de alto desempenho, inibidores de corrosão e proteção catódica. Veja também os revestimentos mais indicados
Texto: Pedro Miranda
Executar um projeto no litoral exige alguns cuidados especiais, sobretudo por causa da maresia, termo popular para névoa salina, que é composta pelas partículas salinas da água do mar. Transportadas pelo vento, elas se alojam nas superfícies expostas e causam diversos problemas nas estruturas.
Segundo Adriana de Araújo, pesquisadora do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), o concreto e os metais são os materiais mais afetados na região litorânea. “O ambiente marinho é considerado especialmente agressivo às construções metálicas ou de concreto em razão da exposição à maresia e gradiente de temperatura e umidade significativos”, comenta.
O ambiente marinho é considerado especialmente agressivo às construções metálicas ou de concreto
Adriana de Araujo
EFEITOS DA MARESIA
Um dos efeitos mais conhecidos da maresia é a potencialização da corrosão de componentes metálicos. “A corrosão metálica envolve a perda de elétrons que, na forma de íons, reagem com outras espécies existentes no meio corrosivo formando óxidos, sais e hidróxidos que são conhecidos como produtos de corrosão”, explica Araújo. Ela acontece de maneira espontânea e pode variar a velocidade de acordo com o tipo de material.
Mas esse não é o único problema ocasionado pela maresia, conforme explica Thomas Carmona, sócio da Carmona Engenharia. “Ela também pode ocasionar fissuras e manchas de corrosão, além de risco de desprendimento de fragmentos de concreto, os chamados desplacamentos.”
ALCANCE
O alcance da maresia varia de acordo com o local. Normalmente, utiliza-se um raio de 5 km de distância do mar, mas é necessário realizar um estudo aprofundado. “Isso porque a movimentação e a deposição das gotículas contaminadas com Cl- variam significativamente conforme características locais, como topografia e parâmetros meteorológicos, em destaque a direção e a velocidade dos ventos”, explica a pesquisadora do IPT.
No entanto, em 1988, foi iniciada a elaboração do projeto MICAT (Mapa Ibero-americano de Corrosão Atmosférica), que visa a determinar a agressividade de diferentes atmosferas na região ibero-americana. O estudo foi feito pelo CYTED (Programa Iberoamericano de Ciência y Tecnologia para El Desarrollo) e reuniu 14 países. Abaixo, o mapa de corrosividade do Brasil.
Mapa Ibero-americano de Corrosão Atmosférica (crédito: Manual de Contrução em Aço – Projeto e Durabilidade CBCA)
COMO EVITAR OS EFEITOS
Os métodos para a proteção contra a maresia mudam conforme o material. No caso de metais, existem diversas pinturas de alto desempenho que os protegem da névoa salina, desde que a manutenção seja feita regularmente. Outra maneira é a modificação do meio de exposição, através de inibidores de corrosão (revestimentos metálicos, orgânicos ou ambos) inseridos entre o meio e o material. A proteção catódica também pode ser aplicada. “É comum, também, associar mais de uma forma de proteção no mesmo material”, reforça Araújo.
Já para concretos armados, Carmona indica a utilização de outra alternativa. “Se desejar maior vida útil, uma opção muito interessante seriam os inibidores de corrosão incorporados na massa de concreto por meio de aditivos. Eles conferem um ganho importante de vida útil com excelente relação custo-benefício.”
MATERIAIS INDICADOS
Os revestimentos mais indicados para os ambientes agressivos são os de cerâmica, pedras ou pastilhas. Para pisos, uma dica interessante é a utilização de produtos com tons “manchados” para disfarçar a presença da maresia.
As tintas para ambientes externos devem ser emborrachadas ou elásticas de base elastométrica, que garantem vida útil entre 5 e 6 anos. Para locais internos, tintas acrílicas semibrilho podem ser utilizadas.
Telhas Metálicas em Galvalume
As telhas do Grupo Pizzinatto são fabricadas em Aço Galvanizado, também conhecido como “telhas de zinco, ou zincado”, e também no Galvalume ou “zincalume”. O Galvalume garante maior durabilidade aos intempéries naturais, como maresias. São produzidas em diversos modelos trapezoidais ou ondulada, e diversas espessuras. Cada um com características de desempenho específicas, que atendem às necessidades de todo tipo de construção, sendo utilizados em coberturas, fechamento lateral e fachadas.
O uso do Galvalume é recomendado em função de:
- alta resistência à corrosão atmosférica
- beleza estética
- elevada refletividade ao calor, o que gera maior conforto térmico
- resistência à oxidação em temperaturas elevadas
Perda de Revestimento
Fonte: ABCEM
Pintura eletrostática aumenta sua durabilidade
Para qualidade estética superior e maior durabilidade, As Telhas em Aço podem ser pintadas durante o processo de fabricação. O Grupo Pizzinatto conta com linha própria de pintura, e trabalha apenas com material certificado sem metais pesados em sua composição.
Confira as opções de cores aqui.
Telhas Termoacústicas
Além dos modelos de telhas simples, o consumidor pode optar pelas Telhas Termoacústicas, também conhecidas como “telha sanduíche”. Elas receberam esse nome por serem compostas de um preenchimento “termoacústico” entre duas telhas em aço. Fabricadas conforme necessidade do projeto, pode-se alterar desde os modelos de telhas, como seu preenchimento e acabamento da parte inferior. Elas caracterizam-se pelo excelente tratamento térmico e acústico do ambiente, aumentando a produtividade e reduzindo os custos na utilização de equipamentos para refrigeração.
Fonte: www.aecweb.com.br
Notícia: www.grupopizzinatto.com.br